De acordo com Marrafon, o projeto é inspirado no Ginásio Experimental Olímpico do Rio de Janeiro.
Chico Valdiner / Gcom-MT

“Como a estrutura física está pronta na Arena, todo o processo de instalação e criação da escola será rápido, afirma Marrafon”.
Está entre as 12 arenas da Copa do Mundo, a Arena Pantanal custa em média ao governo do Estado cerca de R$ 700 mil por mês. Os jogos do campeonato local não dá para cobrir nem 10% disso, ou seja, R$ 70 mil, de acordo com os dados da secretaria Adjunta de Esportes e Lazer.
Os 20 jogos já confirmados para a primeira fase do campeonato estadual não traz muita esperança para reforçar o custeio do estádio. Já que os clubes pagam pela utilização da Arena uma pequena taxa de 8% da renda bruta. A final do torneio de 2016, teve uma renda “mixuruca” diante do valor necessário para cobrir os gastos, foram apenas R$ 167 mil.
Diante disso o Governador Pedro Taques (PSDB) vem buscando alternativas e promovendo ações, como a edição “Vem para Arena”, assim tentam aproveitar melhor o espaço construído a princípio, apenas para abrigar as quatro partidas durante a Copa do Mundo 2014.
O Governo de Mato Grosso por meio do secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, divulgou está semana mais uma ação, desta vez é o Projeto “Arena da Educação”, será implantado ainda este ano, como o primeiro estádio-escola. O principal objetivo da Seduc é a busca pela excelência acadêmica e formação integral do jovem estudante.
De acordo com Marrafon, o projeto é inspirado no Ginásio Experimental Olímpico do Rio de Janeiro, onde os alunos que têm aptidão para o esporte são direcionados e recebem incentivos e estrutura para que desenvolvam suas habilidades em diversas modalidades olímpicas.
Marrafon destacou que a Arena Pantanal possui todos os equipamentos necessários para fazer uma escola de tempo integral, vocacionada ao esporte. No local, há 75 salas disponíveis, que serão transformadas, gradativamente, em salas de aula.
“A preparação para isso é muito rápida, porque serão necessários, praticamente, apenas equipamentos e mobiliário, pois a estrutura física já está pronta. Também precisaremos realizar a adequação de espaço para o refeitório”, explicou.
No local, os estudantes terão, além das disciplinas regulares, como de Português, Matemática, Ciências e Língua Estrangeira, aulas de reforço e o incentivo para tirar boas notas – um tronco comum relacionado ao esporte, como, por exemplo, musculação e natação comum a todos, e rotina de treinos e atividades específicas vocacionadas ao esporte de preferência do aluno.
O secretário lembrou ainda que a estrutura do local conta com campo de futebol, piscina, Ginásio Aecim Tocantins, Palácio das Artes, entre outros equipamentos esportivos. “Além disso, iremos projetar uma pista de atletismo”, informou Marrafon, destacando que a escola-estádio também contará com estrutura para receber alunos-atletas paraolímpicos. Com a nova unidade escolar, a rede estadual passará a contar, em 2017, com 15 escolas de ensino integral.
Seleção
O projeto será implantado gradativamente. Neste primeiro momento, a unidade escolar funcionará para estudantes do 3º Ciclo do Ensino Fundamental, ou seja, 7º, 8º e 9º anos, e três turmas para o 1º ano do Ensino Médio, com foco em esporte de alto rendimento.
A Seduc realizará uma ampla seleção, tornando o ingresso de estudantes interessados o mais democrático possível. Segundo o Marrafon, o projeto irá avançar também pelo interior de Mato Grosso.
Como a estrutura física está pronta na Arena, todo o processo de instalação e criação da escola será rápido. O próximo passo será construir minivilas olímpicas nas cidades-polos, para expandir o modelo.
“É um sonho que temos fomentado. Acredito que o programa será muito bem aceito pela sociedade e que dará oportunidade para os alunos com aptidões esportivas desenvolverem seu potencial, sem abrir mão de uma educação de excelência”, afirmou.
fonte: GCOM
