Um   ‘homem-bebê’ na Casa Branca
É um indivíduo de 70 anos, com o desenvolvimento emocional de, bom, talvez não de um recém-nascido, e sim de um menino malcriado de primário
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O presidente eleito em Washington, nesta quinta-feira, com sua esposa Melania Trump./ AP  

Por JOHN CARLIN

Quando o espanhol médio sofre um dos seus habituais ataques de indignação, a primeira exclamação que costuma sair da sua boca é “Não é normal!”, seguida, com reiterativa ênfase, de um, “isto não é normal, joder!”. A frase, curiosa, já que parte da noção de um acordo unânime sobre o que é a normalidade, não se ouve tanto nos demais países de fala hispânica, nem, que eu saiba, em outras línguas. Mas talvez tenha chegado a hora de que o inglês a incorpore ao seu léxico, especialmente nos Estados Unidos. A ascensão de Donald Trump à presidência é o menos normal que já ocorreu na história desse país. Talvez seja o menos normal que já ocorreu numa democracia, ou numa democracia supostamente madura, na história da humanidade.

Calígula chegou ao topo do poder na Roma antiga, é verdade; como também chegaram Idi Amin em Uganda, ou o general Galtieri na Argentina, ou Stroessner no Paraguai. A diferença é que Trump foi eleito comandante-em-chefe (commander in chief) por livre vontade dos cidadãos.

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