Por:Ely Carlos

Um dos setores que mais cresce no Brasil, esse é o das webs rádios. São emissoras que vão muito além da retransmissão da tradicional AMs ou FMs. São 100% online. Elas podem ser segmentadas por segmentos de musica ou assuntos – e até de empresas diversas. Muitas dessas novas “webs” viraram a porta de entrada para estudantes, radialistas e jornalistas que buscam oportunidades nas emissoras com dial fixo, mas sequer conseguem um teste. Então esse tipo de veículo além de ser a porta de entrada de muitos profissionais é um novo meio de transmissão congruente a do rádio tradicional, e que vem utilizando da web radio, como uma forma de expansão e difusão em outros tipos de plataformas.

Apesar do crescimento, ainda há potencial para as emissoras de internet explorar deste novo movimento da audiência para rádios online. De acordo com o estudo da Edison Research, de 2014, 64% dos americanos entre 12 e 24 anos ouvem semanalmente rádios online. E 26% também já ouviram uma rádio online em seu carro, através de seu telefone celular (esse percentual vai a 43% se computadas somente pessoas entre 12 e 24 anos). Mas, apesar de ser mais fácil do que nunca conectar um smartphone no equipamento do carro, através de Bluetooth ou de um cabo AUX, as rádios online ainda têm dificuldade de competir com a facilidade de sintonizar uma rádio tradicional.

Variedade de opções e empregos

A popularização da internet, maior argumento empregado pelos ‘futurólogos’ aqueles que previam o fim do rádio, acabou beneficiando o rádio sob os mais diversos aspectos:

** Trouxe de volta muitos ouvintes jovens que haviam perdido o hábito de usar aparelhos de rádio;

** Ilimitou o espaço para empresas ou mesmo pessoas comuns lançarem novas estações, transformando a internet num campo livre para o surgimento de novas músicas, locutores, programas e marcas que podem até, no futuro, ganhar espaço nos dials;

** Permitiu que os ouvintes de rádio com baixa qualidade de sinal pudessem ouvir um som mais limpo através dos seus computadores;

** Reforçou a interação que sempre existiu entre o locutor/comunicador e o seu público, que passou – através de e-mail, de salas de bate-papo e de redes sociais – a interferir instantaneamente na programação;

** Fez estações locais do mundo todo, ganharem uma audiência mundial, ampliando o potencial de internacionalização que o rádio sempre teve e que é o objeto principal da paixão de pessoas como os dexistas – aqueles que, através dos seus aparelhos receptores, procuram ouvir programações dos lugares mais distantes.

A telefonia móvel – cujas ondas prejudicam, especialmente nas grandes metrópoles, a transmissão das ondas de rádio – também acabou ajudando as rádios em FM, pois, hoje em dia, praticamente todos os celulares recebem essas estações.

É fundamental pensarmos o futuro do radio como a migração da radio digital e as facilidades tecnológicas como o streaming e podcast que são o futuro da indústria da musica sem dizer da internet que nos trouxe as webs rádios, mas é importante pensarmos que jornalismo também é conteúdo seja no radio ou em qualquer outro veiculo, assim é importante cada vez mais pensarmos em produção e evitarmos o improviso, o papel do radio é fundamental e nunca será esquecido, é preciso buscar seu fortalecimento para o bem da comunicação e da sociedade.

É importante essa discussão e a divulgação desse conteúdo nos aplicativos de comunicação social, pois a maioria das pessoas possuem os mesmos instalados em seus smartfones e computadores, uma pesquisa realizada pelo Mobile Time/Opinion Box, descobriu-se que os aplicativos mais utilizados no Brasil são as redes sociais como Facebook em 83% dos entrevistados e o Watsap em 72%. Seja como forma de divulgação da Web rádio e como forma tornar o assunto tema de conversas e de interesse popular a divulgação é fundamental.